São Paulo de
AlmazivaUm local especial, com a memória de uma comunidade cisterciense
Guardião de um tesouro da azulejaria em Portugal

Uma curta história, quase esquecida

A comunidade (muito provavelmente beneditina) de São Paulo de Almaziva terá adotado a observância cisterciense por volta do ano de 1221, por bula de Honório III, na sequência da doação que Fernando Peres faz à Ordem de Cister, a 1 de Janeiro de 1220, do lugar de Almaziva, incluindo a capela de São Paulo, entre outros lugares, e de vários bens móveis de grande riqueza. Durante o século XIII, o património do mosteiro foi aumentando, sobretudo através do ato de compra, nunca sendo alvo de muitas doações em todo a sua curta história. O sistema de comendas (a partir do século XV) terá delapidado bastante as rendas do mosteiro, o que veio a ser travado pelo abade Frei D. Jorge, monge alcobacense de carácter empreendedor que administrou Almaziva entre 1514 e 1548.

No ano de 1555, por bula de Júlio III, o mosteiro foi suprimido, tendo sido os seus bens e rendas transferidos para o Colégio do Espírito Santo (ou de S. Bernardo) que nessa época albergava em Coimbra escolares cistercienses. Por ordem do reitor, em 1559, o cenóbio foi restabelecido, para nele residir um religioso incumbido de satisfazer as necessidades espirituais da população local, situação que se manteve até à extinção das ordens religiosas (1834), ficando a sua igreja afeta à Paróquia de São Paulo de Frades.

Viaje no tempo...

Um sítio perfeito para um mosteiro Cisterciense

O mosteiro foi construído num vale aberto, na proximidade da Ribeira de São Paulo. Dos lugares regulares primitivos (possivelmente construídos a norte da igreja), nada resistiu ao tempo. Os edifícios subsistentes, implantados a sul da igreja, foram construídos após a extinção do mosteiro, entre os finais do século XVI e meados do século XVIII, pelo que vieram responder a outras necessidades funcionais.

O corpo da igreja foi reconstruído no tempo do Abade Frei D. Jorge, incluindo a construção do seu coro-alto. A fachada foi reformulada no século XVII, altura em que também se constrói a abóbada da nave. A Capela-mor, de fecho semicircular e cobertura de abóbada em quarto de esfera, será a original, mas atípica no contexto da arquitetura dos cistercienses em Portugal. Especial menção merece o revestimento azulejar estilo sevilhano, do século XVI, em corda seca e aresta, com motivos fitomórficos que formam rosáceas em circunferências.

Um património a descobrir…

Após séculos de delapidação, esquecimento e abandono, o sítio de São Paulo de Frades, numa simbiose perfeita entre o património arquitetónico e artístico e a natureza, constitui um lugar de memória a descobrir. A antiga igreja monástica, hoje paroquial de S. Paulo de Frades, classificada como imóvel de interesse público, é propriedade da Diocese de Coimbra, estando afeta ao culto sobretudo à população local.

Características principais

S. Paulo de Frades - Coimbra (30)
A cabeceira

A igreja mantem a cabeceira primitiva, de fecho semicircular e abóbada em quarto de esfera, de tradição românica, atípica no contexto cisterciense.

S. Paulo de Frades - Coimbra (57)
Coro alto

Com uma abóbada polinervada manuelina, cujo fecho ostenta as armas de S. Bernardo e a data de 1539.

S. Paulo de Frades - Coimbra (27)
Escultura de Nª Senhora do Rosário

Escultura medieval em pedra de Ança, policromada, com inscrição em letra gótica (1404).

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Sistema hidráulico

Na antiga cerca monástica, subsistem estruturas do antigo sistema hidráulico, caso de uma construção de base quadrangular e cobertura piramidal, parcialmente enterrada, da qual continua a brotar água.

Informações importantes

Horário de visita

9:00 – 18:00

Horário do culto
Sextas-feiras – 20:00
Sábados – 16:30
Domingos – 09:00

Acessibilidade

Não acessível a pessoas com mobilidade reduzida.

Responsável

Padre Luís Ribeiro

Contactos

239 829 124

918 843 263

pluisribeiro@sapo.pt

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Notícias e Eventos

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Encontro Internacional de Abadias Cistercienses

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Notícia 2

Typography is the work of typesetters, compositors, typographers, graphic designers, art directors, manga artists, comic book artists, graffiti artists, and now—anyone who arranges words, letters, numbers, and symbols for publication, display, or distribution—from clerical workers and newsletter writers to anyone self-publishing materials.

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