Santa Maria de Fiães tem por origem um Mosteiro da Ordem de São Bento, cuja existência remonta a antes de 1194, data em que aparecem referências à sua filiação à Abadia de São João de Tarouca. É uma construção cisterciense, possuindo a característica habitual de cabeceira com capelas de fecho reto, arestas retilíneas, integrada no românico da região. A fachada é reformulada no século XVII, com a abertura das janelas e dos três nichos que ostentam os principais santos da devoção cisterciense (Santa Maria, São Bento e São Bernardo), bem como com a construção da torre sineira.
O mosteiro, do qual hoje só subsiste a sua igreja, desde antes da criação de Portugal se destaca como proprietário de numerosos bens, casais e propriedades, fruto de inúmeras doações e de dádivas por parte de vários monarcas portugueses, o que levou à criação do ditado popular “depois de el-Rei, não há senhor tão poderoso como o Dom Abade de Fiães”.